Água

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Temas e Indicadores

Temas são os objetos prioritários de estudos para a identificação dos padrões climáticos e seus efeitos sobre a saúde agrupados pelo Observatório

Indicadores são medidas que expressam ou quantificam um serviço, um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um produto, processo ou organização, gerando informações úteis à tomada de decisões. Os nossos indicadores foram definidos em reuniões com especialistas, gestores e sociedade civil.

Qualidade, saneamento e doenças relacionadas  

O aparecimento de certas enfermidades, muitas vezes, está ligado a problemas socioeconômicos e ambientais, como na ocorrência das doenças relacionadas ao saneamento inadequado.

Algumas informações são decisivas para entender os determinantes e condicionantes dos casos, internações e mortes desse grupo de doenças. Qualidade da água, saneamento e demografia, por exemplo.

Água de qualidade discutível e exposição a riscos

A qualidade da água tem sido bastante analisada no campo da saúde, afinal, diversas doenças infecciosas são transmitidas pelo consumo de água contaminada1. A falta de higiene e de limpeza desse recurso natural são formas de exposição às quais grande parte da população está sujeita.  

Dados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que 83% dos domicílios no país estão ligados à rede de abastecimento de água. Em geral, as áreas com problemas de abastecimento se concentram em zonas rurais e locais de favela dos centros urbanos.

Esgotamento sanitário só chega a 14% dos domicílios na área rural

Cerca de 64% dos domicílios urbanos têm acesso a esgotamento sanitário; na área rural, apenas 14% dos domicílios.

O descarte inapropriado de dejetos permanece um problema, ao arriscar a manutenção da qualidade das nascentes de água.  Outro fator importante é a descontinuidade na distribuição, que gera a necessidade de armazenamento de água, muitas vezes, feita em recipientes impróprios e sem isolamento, resultando em outro tipo de exposição a doenças (Borja e Moraes, 2001).

Levantar essas questões e realizar um monitoramento constante se torna vital, pois se todos os elementos do saneamento não forem avaliados, a população compreendida dentro da rede de abastecimento pode consumir água de qualidade discutível em seus domicílios, e, assim, expor-se a riscos (Borja e Moraes, 2001).

No Brasil, a maior parte da população urbana vem adquirindo acesso à água através da expansão de redes de abastecimento, sem que, por outro lado, sejam promovidos coleta e tratamento de esgotos e lixo.