Temas são os objetos prioritários de estudos para a identificação dos padrões climáticos e seus efeitos sobre a saúde agrupados pelo Observatório.
Indicadores são medidas que expressam ou quantificam um serviço, um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um produto, processo ou organização, gerando informações úteis à tomada de decisões. Os nossos indicadores foram definidos em reuniões com especialistas, gestores e sociedade civil.
Os efeitos das mudanças climáticas podem ser intensificados, dependendo das características físicas e químicas dos poluentes atmosféricos e das propriedades climáticas, como temperatura, umidade e precipitação.
Essa combinação de fatores define o tempo de residência na atmosfera dos poluentes, que podem ser transportados a longas distâncias; ao encontrar altas temperaturas e baixa umidade, por exemplo.
Associação de poluentes e condições climáticas podem agravar doenças
O Observatório de Clima e Saúde tem demonstrado que essas impurezas associadas às condições climáticas podem agravar casos de doenças respiratórias e cardiovasculares.
A maioria dos estudos que relaciona níveis de poluição do ar com efeitos à saúde humana tem focado áreas metropolitanas, como as grandes capitais da Região Sudeste. Essas pesquisas ressaltam entre os poluentes mais prejudicais o material particulado, uma mistura de partículas em suspensão que em tamanhos diminutos pode atingir o trato respiratório, prejudicando as trocas gasosas (BRAGA, A. L. F., 2001).
As análises concluem que a exposição ao material particulado aumenta a morbimortalidade1 por causas cardiovasculares e respiratórias.
Queimadas na Amazônia brasileira: 60% do material particulado emitido
Pesquisadores do Observatório de Clima e Saúde concluíram que as queimadas na Amazônia brasileira representam cerca de 60% do material particulado emitido para a atmosfera no país. Essas substâncias contribuem para a alteração da composição química da atmosfera, ou seja, influenciam em escala mundial e favorecem uma nova configuração climática.
Os estudos relativos aos efeitos da poluição na Amazônia sobre a saúde só tiveram início em 2005 com a intensa seca ocorrida na Amazônia ocidental.