Observatório de Clima e Saúde em ação: destaques de 2024

O ano chega ao final marcando um período de intensa atividade e importantes conquistas para o Observatório de Clima e Saúde. Marcado principalmente pelo marco de 15 anos de atuação, lançamento de iniciativas e estudos que contribuíram para a identificação dos padrões climáticos e seus efeitos sobre a saúde, como o painel que acompanha os eventos extremos climáticos do Brasil, e publicações de importantes conteúdos, como o livro originado do curso ASISA-Queimadas. Confira algumas dessas ações!

 

Comemoração de 15 anos de atuação

Celebrado em agosto, os 15 anos de atividades do Observatório foram marcados pela realização do seminário "Clima e Saúde: olhares no presente em direção ao futuro", evento que trouxe reflexões sobre os desafios e oportunidades dessa trajetória. Na ocasião, foi lançado o vídeo comemorativo, que você pode assistir abaixo.

Ainda como parte das celebrações, Renata Gracie, uma das coordenadoras do Observatório, concedeu uma entrevista ao ICICT, destacando os avanços alcançados nesses 15 anos. Leia aqui.

 

Monitoramento: ferramenta de prevenção e ação social

Durante o 1º Encontro Nacional de Observatórios de Saúde nas Periferias, realizado pelo Ministério da Saúde em junho, foi lançado o Mapa de Potencialidades das Periferias, projeto que valoriza as estratégias locais de combate às vulnerabilidades sociais.

Pouco tempo depois, em outubro, o Observatório lançou um sistema que acompanha a evolução dos eventos climáticos extremos no Brasil desde o ano 2000. O painel disponibiliza dados harmonizados e informações cruciais para oferecer respostas rápidas, evitar a sobrecarga do sistema de saúde e prevenir o aumento do número de afetados.

No mesmo mês, a equipe do projeto Harmonize – que tem o Observatório como hub de uma ampla rede de pesquisa, incluindo instituições nacionais e internacionais – realizou uma expedição ao Pará para mapear os impactos das mudanças climáticas na saúde da população local. Essa ação reforça a importância de soluções locais para desafios globais.

Em novembro, por meio de uma parceria com a França, uma nova tecnologia para o mapeamento de áreas de risco foi trazida ao Brasil: o Arbocarto. A iniciativa deve auxiliar no combate ao mosquito transmissor de doenças como a dengue.

 

Conhecimento compartilhado

A análise e a interpretação de dados são essenciais para compreender as complexas interações entre clima e saúde. Por isso, ao longo de 2024, pesquisadores do Observatório desenvolveram estudos e pesquisas que resultaram em importantes publicações:

  • Curso Análise de Situação de Saúde Ambiental: ASISA-Queimadas: um livro digital gratuito com base em três anos de experiência, ajudando na tomada de decisões mais seguras diante de desastres ambientais.
  • Pesquisa Twenty-first-century demographic and social inequalities of heat-related deaths in Brazilian urban areas mostrou que o aumento da mortalidade relacionada às ondas de calor é maior entre pessoas pretas e pardas do que entre brancas, e também entre pessoas com baixo nível educacional, idosos e mulheres.
  • Artigo Mudanças climáticas e a progressão da dengue no Brasil, publicado na Scientific Reports: demonstrou como eventos extremos, como secas e inundações, associados à degradação ambiental, estão ampliando a área de incidência da doença.

     

Presença em eventos

Em 2024, os coordenadores do Observatório, Christovam Barcellos, Diego Xavier e Renata Gracie, participaram de diversos eventos, reforçando a importância do debate sobre saúde e clima para toda a população. Entre eles:

Conheça essas e outras ações do Observatório de Clima e Saúde ao longo de 2024 na página de notícias e na galeria de imagens.