Boletim divulgado nesta terça-feira (23) pelo Ministério da Saúde aponta que o número de casos suspeitos de microcefalia sob investigação no país totalizam 4.107. Semana passada o número era de 3.935. No entanto, em Mato Grosso do Sul, o número mantém-se, com um caso foi confirmado, cinco ainda sob investigação e outros cinco descartados, totalizando 11 notificações entre 2015 e 20 de fevereiro deste ano.
A população foi considerada a principal responsável pela proliferação do mosquito Aedes aegypti por 74,7% dos entrevistados ouvidos na 130ª Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada, nesta quarta-feira, 24. Outros 7,4% responderam que as prefeituras são culpadas pela proliferação do mosquito que transmite dengue, vírus Zika e a febre chikungunya.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, voltou a elogiar a atuação do governo brasileiro para o enfrentamento ao vírus Zika. Durante entrevista coletiva após visitar, nesta quarta-feira (24), as instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, Chan ressaltou a articulação dos três níveis governamentais com a sociedade civil, que será essencial para o combate eficiente e rápido ao mosquito Aedes aegypti.
Após a disparada de casos de dengue na capital paulista, a Prefeitura resolveu antecipar a instalação de tendas para atender pacientes nas áreas mais afetadas pela transmissão do vírus. O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem que os distritos de Lajeado e Penha, na zona leste, serão os primeiros a receber o serviço.
Mas na opinião de cientistas ouvidos pela BBC Brasil, o surto dessa nova doença revela uma mudança de realidade sanitária: por uma combinação de fatores que causou sua ascensão no cenário internacional na última década, o país está muito mais exposto à chegada de enfermidades do que no passado.
Os números são altos: 220.000 homens das Forças Armadas visitarão neste sábado três milhões de famílias em 350 municípios brasileiros durante um Dia D na guerra do Brasil contra o Aedes aegypti. Mas, do outro lado das estatísticas, o vetor do zika vírus mostra que a batalha será dura. Mesmo com os esforços já colocados em prática desde o final do ano passado, a presença do mosquito continua forte e ele já infectou mais gente do que no mesmo período de 2015.
A ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes, quer levar a experiência exitosa do Piauí no combate à dengue para o resto do Brasil. Como segundo estado do País em que mais casas foram vistoriadas por agentes de saúde e militares das Forças Armadas, o Piauí atingiu, segundo o Ministério da Saúde, um índice de 77,88% dos imóveis visitados até o dia 11 de fevereiro.
Os dois primeiros casos de chikungunya foram confirmados em Fernando de Noronha. Os pacientes são uma dona de casa, de 65 anos de idade, e o filho dela, um guia turístico de 30 anos. Eles são moradores da ilha e foram atendidos no Hospital São Lucas há duas semanas com os sintomas da doença. Neste sábado (13) foi confirmado o resultado positivo para chikungunya dos dois pacientes depois da análise no Laboratório Central de Pernambuco (Lacem). Outros 30 casos estão sendo investigados. “Nós recolhemos as amostras sorológicas de todos os casos suspeitos não só de chikungunya como de dengue e zika e enviamos para análise no Recife. Esses resultados positivos reforçam ainda mais a necessidade de se prevenir contra o nascimento do Aedes aegypti”, afirmou o gerente da Vigilância em Saúde de Noronha, Fernando Magalhães.
No Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti em Porto Alegre, o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, anunciou que suspendeu o uso do larvicida Pyriproxyfen, apontado em nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) , como possível causador de microcefalia. O produto é utilizado em caixas d’água para eliminar larvas do mosquito vetor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. “A suspeita é suficiente para nos fazer decidir pela suspensão do uso. Nós não podemos correr esse risco”, disse Gabbardo.
Há cerca de 50 anos, o Aedes aegypti iniciava um processo de transição de mosquito selvagem para urbano. Originário do Egito, o mosquito se dispersou pelo mundo a partir da África: primeiro para as Américas e, em seguida, para a Ásia.
As teorias mais aceitas indicam que o Aedes tenha se disseminado para o continente americano por meio de embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de negros escravizados. Registros apontam a presença do vetor em Curitiba, no final do século 19, e em Niterói (RJ), no início do século 20.
A mosca sempre foi o tipo de inseto mais incômodo do que perigoso, mas agora parece ter ficado com inveja da fama do seu colega mosquito e não é mais tão inocente. O mosquito Aedes aegypti começou a apavorar o Brasil e outros cantos do mundo quando passou a transmitir, silenciosamente, seus vírus: a dengue, a febre Chikungunya e o mais recente, Zika. Qualquer #Doença ocasionada por sua picada, que não machuca ou coça, causa, no mínimo, febre, dores no corpo e manchas avermelhadas. A intitulada “Virose da Mosca” também transmite febre e dores, contudo um conjunto extra de doenças sazonais, como diarreia e vômitos.
No início deste mês, o governo surpreendeu ao editar uma medida provisória que permite o acesso forçado a imóveis no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da dengue, o zika vírus. Embora pareça invasivo, esse foi um dos métodos usados no início do século passado pelo diretor de Saúde Pública do Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz, que ajudou a erradicar o vetor. O temor naquela época eram a febre amarela e a varíola.
Com o calor intenso e chuvas esporádicas, muita gente tem procurados os postos de saúde em Fortaleza neste período, reclamando de náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, febre baixa e dores pelo corpo. Embora os sintomas sejam inespecíficos, a suspeita clínica é que a capital cearense esteja vivendo um surto de gastroenterite viral, popularmente conhecida como "virose da mosca".
A cidade de Ribeirão Preto (SP) teve 1.557 casos confirmados de dengue em janeiro de 2016, recorde histórico para o mês, e uma alta de 2.837% sobre os 53 casos confirmados em janeiro de 2015, segundo relatório da vigilância epidemiológica.
São Paulo – Descoberto em 1947, o vírus zika foi nomeado a partir da floresta na qual foi descoberto, a Floresta de Zika, em Uganda. No entanto, nessa época, ele não atingia o ser humano, mas, sim, os macacos na região. Até 2007, somente 14 casos de humanos com a doença haviam sido constatados na África e na Ásia. A maioria das pessoas infectadas não apresentavam sequer sintomas que indicassem o contagio. Mas esse cenário mudou. Em maio de 2015, a Organização de Saúde Panamericana divulgou um alerta sobre os primeiros casos de transmissão do vírus no Brasil. O zika é uma epidemia no território nacional, sendo motivo de preocupação para a Organização Mundial da Saúde e alvo de campanhas do Ministério da Saúde, que buscam reduzir a quantidade dos mosquitos que transmitem a doença, principalmente o Aedes aegypti – que também pode transmitir a dengue e o chikungunya.
Nessa época do ano, é comum a chegada das chuvas e, com elas, as moscas ressurgem. Através disso, as doenças sazonais – surto de diarreia, vômito, febre, dor de cabeça, dores musculares – vêm lotando as emergências dos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os postos de saúde.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou nesta terça-feira (16), o 3º Informe Epidemiológico de 2016, no qual foram confirmados 290 casos de dengue, 16 do vírus da zika e um de febre chikungunya.
Ainda segundo a Sespa houve uma redução de 36% na quantidade de doentes com dengue no Pará se comparado ao mesmo período de 2015, quando o número chegava a 454 confirmações. No último boletim, divulgado no início do mês de fevereiro, o estado havia confirmado 191 casos de dengue, cinco de vírus da zika e um de febre chikungunya.
Em um ano, os casos de dengue no DF aumentaram 216%. A capital federal registrou 2.161 notificações. Os dados constam no mais recente Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta feira (17/2). Das infecções registradas, 249 são do Entorno. A alta percentual é de 329,31% em relação ao mesmo período do ano passado. Brazlândia, São Sebastião, Ceilândia e Planaltina são as que apresentam maior número de casos, respondendo por 1.049 casos, um percentual de 55% dos casos ocorridos. O documento mostra que, até o último dia 11, houve seis casos de dengue grave, sendo três pacientes que residem no DF e os outros três residentes no Entorno. Destes, cinco pacientes morreram.
Fortalecer a vigilância do vírus zika e melhorar a detecção são alguns dos temas que os peritos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estão tratando em uma série de reuniões em Porto Rico, como parte do trabalho da Organização para combater o zika, a dengue e o chikungunya – três doenças virais que afetam a região das Américas.
O zika é um vírus novo na região, transmitido por mosquitos. Desde maio de 2015, quando o Brasil reportou os primeiros casos de transmissão local, o vírus se propagou para 26 países e territórios das Américas.
Segundo a (SES) Secretária Estadual de Saúde de MG, em apenas 10 dias ouve um aumento anormal nos casos de #Dengue no estado. Mesmo com campanhas de combate ao mosquito Aedes Aegypti, não foi suficiente para que os casos de dengue crescessem assustadoramente nos últimos dias.