Os três primeiros meses de 2017, devem apresentar chuvas dentro da média ou 18% a menos do que esperado para a época em Petrolina e demais cidades do Sertão de Pernambuco. A previsão é da Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas (GMMC) da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Ainda segundo o órgão, em 2017 não haverá a presença do fenômeno El niño e no lugar surge a La Niña, o que favorece a ocorrência das chuvas.
O verão deve servir de alerta: o clima quente que tanto agrada os cariocas é também o favorito de um dos principais inimigos da saúde pública mundial. Com as condições de clima e temperatura ideais, o mosquito Aedes aegypti encontra o ambiente perfeito para sua reprodução.
Com a chegada da estação mais quente do ano, o período que combina sol forte com chuvas intensas é propício para a proliferação do mosquito da dengue. Em Itapemirim, o combate à doença será intensificado e diferenciado durante todo o mês de janeiro, com o objetivo de manterem baixos os números de casos registrados.
2016 terminou com anomalia negativa de precipitação em várias regiões do Brasil devido à atuação do fenômeno El Niño, principalmente, no primeiro semestre do último ano.
Além de Niño, sistemas sinóticos locais como a Alta da Bolívia (AB), Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) contribuíram para que algumas regiões recebessem menos precipitação que a média climatológica (1961-1990), pois não atuaram de forma homogênea.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no penúltimo dia do ano de 2016, que a epidemia de zika já não é uma emergência, mas alertou para a continuação da vigilância epidemiológica.
A OMS informou que 48 países reportaram em 2016 mais de meio milhão de casos suspeitos de zika, com 2,5 mil notificações de síndromes congénitas associadas ao vírus confirmadas.
O Dstrito Federal teve 19.957 casos confirmados de dengue em 2016, segundo o último boletim da Secretaria de Saude do DF. O número representou um aumento de 90,66% em relação a 2015, em que houve 10.467 casos. Ao todo, 22 pessoas morreram em 2016 (cinco a menos do que em 2015) por causa da doença.
Um grupo de trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Universidade de Berna, na Suíça, fez uma análise de 72 estudos publicados sobre o vírus da zika e confirmou sua relação com a síndrome de Guillain-Barré. O artigo foi publicado nesta terça-feira (3) na revista “PLoS Medicine”.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (28) a primeira morte de paciente infectado pela febre chikungunya no Amapá. O óbito ocorreu em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, e foi constatado somente no boletim epidemiológico emitido de terça-feira (27), após investigação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS).
O Ceará ocupa a quarta posição em índice de infestação pelo mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya na Região Nordeste. Foram notificados mais de seiscentos casos suspeitos de Microcefalia, que é a malformação dos cérebros de bebês por possível infecção do Zika. Quando o assunto é Dengue, os números também são significativos. Desde o início do ano o estado notificou quase cinquenta mil casos suspeitos. O índice de infestação por Chikungunya beira os quarenta e cinco mil casos notificados, colaborando para que o Ceará esteja nesta triste situação. Evitar que mais pessoas sejam vítimas dessas doenças passa obrigatoriamente pelo combate a proliferação do mosquito em água parada. A técnica do Núcleo do Controle de vetores, Ricristhi Gonçalves, alerta para a principal dificuldade que o Ceará encontra em relação ao combate.
Bem na época de chuvas, a interrupção no serviço de varrição de ruas e possibilidade de Campo Grande ficar sem a coleta de lixo faz aumentar a preocupação de quem trabalha no combate à dengue. Tanto o coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lúcio Rosário, quanto o médico infectologista Rivaldo Venâncio afirmam que até a limpeza das vias públicas é importante diante do risco de epidemia de dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti.
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte divulgou, na tarde desta sexta-feira, o último balanço da dengue em 2016. Os dados revelam a pior epidemia de dengue dos últimos dez anos. O número de casos confirmados chega 154.765, número quase 9 vezes maior do que o registrado no ano passado. A capital confirmou 17.895 casos em 2015. A capital fecha o ano com 61 mortes.
Uma obra da Copasa que completou um ano neste mês garantiu que só o reservatório do Rio Manso, um dos três que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte, fosse poupado em 77 bilhões de litros de água. São obras desse porte que poderiam ajudar os municípios do Norte do Estado a enfrentar os problemas de abastecimento que ainda assolam a região em função da estiagem. Mesmo com as chuvas, Minas Gerais tinha até essa quarta-feira (28) 82 municípios em estado de emergência em função de seca e estiagem, segundo a Defesa Civil. Há duas semanas, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência em Itacambira (por causa da estiagem), Pai Pedro, Pedras de Maria da Cruz e Verdelândia ( por causa da seca), todos no Norte do Estado.
A leptospirose está entre as doenças que se proliferam com maior rapidez em época de chuvas. Para evitar a contaminação, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da Secretaria de Estado da Saúde, faz um alerta sobre as medidas de proteção contra a doença em dias de chuvas mais intensas, com risco de enchentes.
Em 2016, o vírus zika atravessou as fronteiras do Brasil, onde um surto da doença teve início em maio de 2015, e se espalhou pelas Américas. Até o final desse ano, 48 países e territórios da região haviam registrado 532 mil casos suspeitos da infecção e 175.063 confirmados. No continente americano, patologias transmitidas por mosquitos ameaçam 500 milhões de pessoas.
Um ano após ao estouro de casos de dengue no Grande ABC, as condições de áreas públicas e privadas espalhadas pelos sete municípios seguem vulneráveis para proliferação do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Após o mosquito infectar no ano passado 7.230 pessoas e ter matado seis moradores na região, ações ineficientes por parte de moradores e prefeituras, segundo especialistas, continuam permitindo o acúmulo de entulhos e água parada em diversos pontos, o que na prática tem preocupado moradores e profissionais da Saúde para provável alta no número de casos da doença em 2017.
Quase 20% dos prefeitos do país que vão assumir o cargo neste dia 1º de janeiro governarão municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública. Levantamento feito pelo UOL aponta que 999 cidades têm decretos reconhecidos pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil com validade até 2017.
Na Paraíba 197 municípios estão em situação de emergência por conta da estiagem.
O último balanço de 2016 sobre os números da dengue, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, aponta a confirmação 154.765 casos da doença e o registro de 61 mortes na cidade até o dia 27 de dezembro. Mais de 80% das infecções foram registradas de fevereiro a abril. E o Barreiro, onde houve 25.575 confirmações, é região da cidade com maior incidência de contaminação pelo vírus.
A Secretaria de Saúde de Maringá divulgou, na quinta-feira (29), o último boletim do ano sobre o número de casos de dengue na cidade. Do final de julho até ontem, foram confirmados 80 casos de dengue mas, se somados aos números do primeiro semestre de 2016, o total chega a 2.739.
Como o Brasil, a OMS (Organização Mundial de Saúde) teve muitos desafios no ano que se encerra. Os resquícios da epidemia de Ebola, a crise humanitária na Síria, os problemas recorrentes de acesso ås terapias na África, o Zika, as doenças da modernidade (como obesidade, males cardiovasculares e câncer), o tabagismo… A luta não cessa.
A RTP (Região do Polo Têxtil) registrou uma queda de 88,4% no número de pessoas infectadas pela dengue este ano, na comparação com o ano passado. Foram 3.658 casos confirmados da doença entre janeiro e novembro de 2016, contra 31.675 ao longo dos 12 meses de 2015, segundo dados fornecidos pelas secretarias de Saúde dos municípios - Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré.