A Organização Mundial da Saúde (OMS) contestou, ontem, as declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, sobre o combate ao Aedes aegypti. O ministro afirmou na segunda-feira que o Brasil "perde feio" a batalha contra o mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya. O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, considerou a declaração "algo fatalista". "Se esse fosse o caso, poderíamos abandonar tudo. Não é o caso", disse. "Podemos esperar ver a doença em mais lugares. Estamos trabalhando e é difícil eliminar o mosquito", complementou o porta-voz.
São Paulo. O departamento de entomologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco estuda se o zika vírus e a febre chikungunya também podem ser transmitidos pelo mosquito culex, conhecido popularmente como muriçoca ou pernilongo, de acordo com os regionalismos. O estudo coordenado pela pesquisadora Constância Ayres, do projeto de vetores da instituição, pretende entender a rapidez com que se propaga a epidemia. A previsão é que a pesquisa seja concluída em três semanas.
O Brasil vive sua pior crise de transmissão da #Dengue. Em 1990 houve 40 mil casos, o que era considerado um recorde para a época, entretanto, só no ano passado houve 1, 640 milhões de casos em todo o país e não para por ai: o Brasil está em pleno auge de proliferação do mosquito devido o verão.
Mato Grosso já registrou 2.923 casos de dengue neste ano, 256% a mais do que o registrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) no mesmo período de 2015, quando 821 casos foram notificados. De acordo com os dados divulgados pelo governo do estado nesta quarta-feira (27), entre os municípios com maior ocorrência de dengue estão Sinop (238), Cuiabá (47), Várzea Grande (36) e Rondonópolis (23).
Em meio à epidemia de zika vírus enfrentada pelo Brasil, números divulgados pelo governo do Rio de Janeiro mostram que nos primeiros 25 dias deste ano houve 3.954 casos suspeitos de dengue em todo o Estado, contra 2.584 no mesmo período do ano passado – um aumento de 53%.
Já na capital fluminense, as três primeiras semanas do ano registraram 593 casos, contra 133 no mesmo período de 2015. Para infectologistas, a elevação ressalta a importância de estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, especialmente com a proximidade dos Jogos Olímpicos.
O Brasil já registrou 4.180 suspeitas de microcefalia desde o início da atual epidemia do vírus zika, associado a esse problema de desenvolvimento neurológico. Desses casos, porém, 462 foram descartados.
Em relação ao boletim divulgado no dia 20 de janeiro, é possível constatar a tendência de redução no número de notificações. O aumento identificado em uma semana de casos notificados foi de 7%. No entanto, a quantidade de casos descartados cresceu 63%, passando de 282 para os atuais 462, afirmou comunicado do ministério citando Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, declarou na manhã desta quinta-feira, 28, que a cidade não sofrerá epidemia de dengue. Segundo a autoridade, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti tem caído com a conscientização da população.
Homem contraiu doença na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Segundo assessoria do órgão, o paciente já está em tratamento.
O continente americano deve ter entre 3 milhões e 4 milhões de casos de Zika em 2016. A estimativa é Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). O cálculo é baseado no número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, em 2015. A organização considerou também a falta de imunidade da população para chegar a esse número.
O zika vírus pode infectar de 3 a 4 milhões de pessoas nas Américas, incluindo 1,5 milhão no Brasil, disse nesta quinta-feira (28) a OMS (Organização Mundial de Saúde). Para o órgão, o vírus se propaga de maneira explosiva no continente.
Ao anunciar a previsão, Marcos Espinal, chefe de doenças transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde, braço da OMS no continente, não definiu um período para a ocorrência dos casos.
A primeira morte por dengue este ano no estado do Rio de Janeiro ocorreu na cidade de Volta Redonda, na região do Médio Paraíba. A vítima é um homem de 56 anos, que morreu no dia 19 deste mês, num hospital particular da cidade. Ao chegar ao hospital, com sintomas da doença, o paciente fez o primeiro teste rápido para dengue e deu positivo. Ele não resistiu à doença e morreu de dengue hemorrágica, de acordo com o atestado de óbito.
Foi divulgado hoje o primeiro caso de morte no Brasil devido ao vírus causador da febre chikungunya. A vítima foi Danielle Marques de Santana, 17 anos, moradora de Pesqueira cidade do estado de Pernambuco, que faleceu no dia 6 de janeiro, mas só teve a causa morte divulgada hoje agora.
A Secretaria de Saúde de Jaú (47 quilômetros de Bauru) confirmou o primeiro caso de febre chikungunya registrado na cidade. Trata-se de paciente do Sergipe que já chegou ao município com sintomas da doença. Ele faz acompanhamento no Hospital Amaral Carvalho, onde ficou internado até essa quinta-feira (28) em observação.
O secretário da pasta, Paulo Mattar, conta que o homem (a identidade não foi divulgada) precisa ser acompanhado por uma equipe do Amaral Carvalho a cada seis meses em razão de um transplante de medula óssea feito há alguns anos.
Após a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar que o zika vírus se propaga “de forma explosiva” e anunciar a criação de um Comitê de Emergência para orientar a população a lidar com a doença, o governo do estado de São Paulo informou que vai fazer um mutirão neste fim de semana em 250 municípios para combater o Aedes aegypti.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta sexta-feira, 29, que os testes com a vacina da dengue, que está sendo elaborada pelo Instituto Butantã, vão começar no próximo mês. A vacina teve a última fase para testes em humanos liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado e será testada em 13 cidades, entre elas São Paulo, Manaus, Belo Horizonte e Recife.
Piracicaba (SP) confirmou, na tarde desta sexta-feira (29), o primeiro caso de zika vírus em uma gestante de 20 anos. A doença é transmitida pelo Aedes Aegypti, mosquito que também é vetor da dengue e da febre chikungunya. A Secretaria de Saúde da cidade disse que o Instituto Adolfo Lutz confirmou o resultado positivo da contaminação e enviou o resultado à Vigilância Epidemiológica do município.
Pesquisadores da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) estudam se a bactéria Wolbachia, usada no Aedes aegypti para evitar a transmissão da dengue, impede também a propagação do vírus Zika. De acordo com o pesquisador Luciano Moreira, que coordena o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, estudos internacionais tiveram resultados positivos.
Quantas pessoas tiveram zika no Brasil? Quantos casos de microcefalia foram registrados? Na batalha contra o pouco conhecido vírus da zika, autoridades e especialistas admitem que ainda não têm respostas precisas para muitas questões básicas.
Essa dificuldade aparece nos números oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde. As estimativas são de que, no ano passado, pode ter havido, aproximadamente, entre 500 mil e 1,5 milhão de casos de zika no país.
No sertão nordestino, a falta de água nas torneiras trouxe mais que sofrimento pela seca: a proliferação do mosquito Aedes aegypti e das doenças por ele causadas. O problema está no armazenamento de água, associada à falta de estrutura dessas cidades, que normalmente não têm saneamento e contam com estruturas precárias de combate a endemias.
São Paulo — Em uma década, a área de transmissão da dengue no Brasil mais que quadruplicou, saltando de 1,5 milhão de km² para 6,9 milhões de km². Isso significa que há mosquitos espalhando dengue em todos esses lugares, o que aumenta o alerta sobre como pode se disseminar o zika nos próximos anos, vírus que usa o mesmo vetor da dengue. Do Brasil, a nova doença tem potencial para se espalhar para o mundo.