Campinas, no interior de São Paulo, teve neste ano a maior epidemia de dengue da história da cidade. A ordem agora é combater os focos do mosquito para afastar o risco da chegada do vírus zika.
A cidade teve quatro casos de microcefalia em 2015 e as autoridades de saúde investigam se eles têm relação com o zika vírus. Campinas teve também 65 mil casos de dengue. Já são 15 mortes, cinco a mais do que no ano passado. Confira mais informações no vídeo acima.
Vírus conhecido pela medicina desde o fim dos anos 40, o Zika passou a ser assunto nos lares brasileiros depois que foi confirmado que filhos de gestantes infectadas podem nascer com microcefalia, uma malformação irreversível. Segundo a infectologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Eliana Bicudo, já foi relatado na literatura médica que o Zika pode ser transmitido pelo leite materno e pelo esperma.
Uma análise por amostragem feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) descartou a possibilidade de as mortes de peixes no Rio Doce, conforme registrado após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, no início do mês, terem sido causadas por contaminação das águas. A necropsia realizada nos animais apontou asfixia como a razão das mortes dos peixes.
A hipótese é que a lama que tomou conta do rio tenha bloqueado as brânquias dos peixes, impedindo-os de captar o pouco oxigênio presente água enturvecida.
As perdas de água já tratada nos sistemas de distribuição das cidades brasileiras são o principal manancial a ser explorado pelos serviços de abastecimento. Os vazamentos representam uma perda de 6,5 vezes o Sistema Cantareira por ano, o que daria para abastecer com água de qualidade mais de 50 milhões de pessoas.
O governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio assinaram neste domingo (29) decreto de emergência em Pernambuco e no Recife devido às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, chikungunya e zika vírus. As três tiveram um grande aumento no estado neste ano. O decreto vem no dia seguinte à confirmação do Ministério da Saúde da relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste – Pernambuco é o estado com mais casos de microcefalia do país, com 487 notificações.
O Ministério da Saúde confirmou no início da tarde desta segunda-feira que o número de casos de microcefalia, uma malformação congênita cerebral, aumentou para 1.248 no país e já atinge 13 Estados. Os dados fazem parte do novo boletim epidemiológico, que apresenta dados até a última sexta-feira, 28 de novembro. No sábado, o órgão confirmou a relação da microcefalia com o zika vírus, uma doença que chegou ao país neste ano e que é transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.
O armazenamento de água em reservatórios inadequados é o principal fator para o aumento de casos de dengue, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com Paulo Florêncio, coordenador da vigilância, os casos da doença cresceram 550% em 2015 em relação ao número registrado no mesmo período no ano passado. “Nós temos um caso de chicungunha confirmado, nenhum de zica e 467 casos de dengue. Vários fatores contribuíram para esse crescimento, mas o que mais facilita a vida dos mosquitos é o armazenamento de água em reservatórios inadequados”.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou, nesta segunda-feira (30), que foram registrados, extraoficialmente, 2.640 casos de Zika Vírus. Destes, somente cinco foram confirmados com sorologia
O Ministério da Saúde atualizou nesta manhã os dados sobre casos do vírus Zika em todo o país. No fim de semana, foi confirmada a relação entre o vírus e casos de microcefalia no Brasil.
BRASÍLIA - Uma equipe de pesquisadores do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos já está no Brasil para ajudar na investigação da explosão de nascimentos de bebês com microcefalia. A equipe, que veio ao País por um convite do governo brasileiro, deverá ter a primeira reunião oficial ainda nesta segunda-feira, 30.
Espírito Santo - A extensão da pluma (mancha de lama) na superfície do oceano no Espírito Santo é maior do que a encontrada no fundo. Levantamento feito pela Marinha informa que os pesquisadores identificaram na água partículas finas em suspensão, entre 0,45 e 5 milésimos de milímetro. A dispersão da lama é complexa e influenciada principalmente pelos ventos, pelas correntes, marés e a batimetria (profundidade).
A Secretaria Municipal de Saúde já notificou 7.329 casos de dengue em Natal em 2015. Os dados foram divulgados pela SMS e são referentes a 1º de janeiro a 28 de novembro. Foram notificados 16 óbitos causados por dengue, mas apenas um foi confirmado, segundo a secretaria.
RIO — Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Montana, nos EUA, descobriu que um elemento químico presente em inseticidas se torna menos eficiente no combate ao Aedes Aegypti em regiões com temperatura elevada. A descoberta, publicada no “Journal of Medical Entomology”, tem especial relevância em países de clima tropical como o Brasil, além de alertar sobre o risco de o aquecimento global prejudicar a eficiência de uma das principais armas contra o vetor de doenças graves, como a dengue, febre amarela, zika e chicungunha.
O Brasil enfrenta uma epidemia de zika, uma doença "prima da dengue", desde o meio do ano. A doença, também transmitida pelo Aedes aegypti, provoca sintomas parecidos, porém mais brandos que os da dengue: febre, dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas.
As autoridades sanitárias brasileiras estão em uma corrida contra o tempo para evitar que a infestação do mosquito Aedes aegypti se torne um problema ainda mais grave a partir de fevereiro de 2016. A preocupação é por conta dos mapas epidemiológicos, que apontam que mais de 60% dos casos de dengue, doença transmitida pelo mesmo mosquito, são registrados entre fevereiro e abril.
O Tocantins aparece entre os 10 estados onde há o maior número de casos de recém-nascidos com microcefalia no país. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Ministério da Saúde, que declarou situação de emergência em saúde pública. No estado foram confirmados 12 casos, todos registrados em Araguaína, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nesta segunda-feira (1º) novos números relativos aos casos de Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus na Paraíba. Confome o levantamento, em relação ao mês passado, quando foram divulgados os dados da 42ª semana epidemiológica, mais uma morte por dengue foi confirmada no estado. De 1° de janeiro a 23 de novembro de 2015 foram notificados 25.845 casos suspeitos de dengue, sendo 87 classificados como dengue com sinais de alarme e 12 casos de dengue grave.
Bairros da Zona Leste de Manaus apresentaram o maior índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, segundo o Levantamento Rápido de Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta terça-feira (1°). O índice de 2,9 é o maior entre as zonas da capital. Dois 11 bairros, dois - Armando Mendes e Zumbi - registraram alto risco de transmissão de zika vírus, dengue e chikungunya.
Sem estudos em toda a literatura médica que relacionem a infecção de gestantes pelo vírus Zika com o nascimento de crianças com microcefalia, a neuropediatra Vanessa Van der Linden defende que os novos casos dessa deformidade no cérebro revelam uma nova doença, já que fogem do padrão conhecido. “Se é provocada pelo Zika ou por outro vírus, ou outro agente, não sabemos. O que posso dizer é que os casos não seguem o padrão que a gente vê nas outras pacientes que têm infecção congênita e filhos com microcefalia”, explicou Vanessa, do Hospital Barão de Lucena, presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife.
Os riscos oferecidos pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, estão maiores na capital. Isso porque pesquisa domiciliar feita no mês passado pela Secretaria Municipal de Saúde, divulgada nesta quarta, constatou que 86,3% dos 49.639 imóveis tinham focos do mosquito. Esse percentual é maior que o identificado no ano passado – 80%.
O verão nem chegou e os casos de dengue mais que dobraram do ano passado para cá. O pior é que agora o Aedes Aegypti também está transmitindo outras duas doenças e centenas de cidades estão em alerta.