Um mesmo mosquito, especialmente disseminado nas grandes metrópoles, é capaz de transmitir três doenças importantes que se tornaram muito bem conhecidas dos brasileiros: dengue, chickungunya e zika.
Falo do mosquito Aedes aegypti, o mais comum vetor epidêmico da dengue no mundo. Ele pode ser identificado pelas faixas brancas ou padrões característicos em suas patas e tórax. E embora outros mosquitos semelhantes também possam ser encontrados nas grandes cidades, o Aedes se adapta e se dissemina cada vez mais.
O Ministério da Saúde divulgou o novo resultado do Liraa, levantamento rápido de índices de infestação para Aedes Aegypti.
A pesquisa apontou que sete capitais estão em alerta, e entre elas está Aracaju. Em Sergipe, os municípios de alto risco são: Itabaianinha, Nossa Senhora Aparecida e Simão Dias.
A Fiocruz de Pernambuco comprovou em pacientes brasileiros a relação entre zika vírus e a síndrome Guillian-Barré (SGB), uma doença autoimune rara que também apresentou aumento atípico nos últimos meses nos Estados do Nordeste. O achado aumenta o sinal de alerta em torno da infecção pelo zika, principal suspeita da epidemia de microcefalia identificada no País. O vírus, que chegou ao Brasil este ano, está presente em 18 Estados, incluindo São Paulo e Rio.
Após um ano de testes com mosquitos da dengue modificados em laboratório, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ampliou a área de atuação do projeto no Rio de Janeiro. O bairro de Jurujuba, em Niterói, região metropolitana, tem recebido desde agosto milhares de ovos do Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente e capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito. A experiência faz parte do projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, que começou há cerca de um ano no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Neste bairro moram 3 mil pessoas. Conforme o projeto, foram liberados, durante quatro meses, aproximadamente 10 mil mosquitos modificados com a bactéria.
A Fundação Oswaldo Cruz desenvolveu um larvicida eficiente no combate à dengue. Lançado durante um seminário no Rio de Janeiro, o produto desenvolvido a base do bacillus Bti, também não torna o inseto resistente, principal vantagem em relação aos pesticidas disponíveis até agora.
No que se refere à capacidade de adaptação ao ambiente hostil das grandes cidades, talvez nenhuma espécie de mosquito tenha conseguido tanto sucesso quanto o Aedes aegypti – aquele com o corpo coberto de listras brancas que, para azar dos humanos, é capaz de transmitir doenças como dengue, febre amarela, febre chikungunya e zika. Além de resistência a alguns inseticidas, a espécie vem adquirindo a habilidade de se reproduzir em volumes cada vez menores de água – que nem precisa estar tão limpa quanto no passado. Os insetos, que antes só picavam durante o dia, passaram a atacar também à noite, bastando apenas alguma luz artificial a revelar o caminho até a vítima.
O número de casos de dengue no Rio Grande do Norte teve um aumento de 116,33% em 2015. A informação é do Programa Estadual de Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), divulgada nesta quarta-feira (4). Foram notificados 26.444 casos suspeitos de dengue do início do ano até o dia 24 de outubro, dos quais 5.405 foram confirmados. Em relação ao ano passado, no mesmo período, se observa um aumento de 116,33% no número de casos notificados.
Na manhã desta quarta-feira (4), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelou dados referentes aos casos de dengue no estado.
Em Sergipe, de janeiro a 14 de outubro, foram notificados 9.000 casos da doença com 3.000 confirmações. “ Aumentou em relação ao número de casos confirmados no ano passado, que foi de 5 mil duranteo o ano. Apesar do aumento os números não caracterizam epidemia, mas precisamos estar em alerta”, diz Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A confirmação de dois casos de infecção pelo vírus Zika em Vitória pode abrir um precedente para que mais ocorrências sejam detectadas. A hipótese mais provável é que a doença tenha sido trazida para o País durante a Copa do Mundo de 2014, por conta do grande fluxo de turistas. Os casos foram detectados nos bairros de Maria Ortiz e Jesus de Nazareth.
O nível do Rio Negro voltou a subir. O volume aumentou 25 cm desde o dia 29 de outubro, de acordo com a medição realizada no Porto de Manaus. A cota chegou a 16,17 m nesta terça-feira (3). Mesmo após seis dias consecutivos de subida, o cenário em várias zonas de Manaus ainda é de seca. Casas flutuantes e barcos ficaram encalhados, e a principal praia da capital foi interditada para banhos. O Negro secou mais de 7 m em outubro.
O verão que se aproxima terá de ser bastante chuvoso para que o Rio de Janeiro não entre no terceiro ano seguido de baixos níveis nos reservatórios e não sofra desabastecimento de água no período seco, a partir de abril. Dos quatro reservatórios que compõem a bacia do Rio Paraíba do Sul, principal fonte do Estado, dois quase chegaram ao volume morto.
A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira (5), que a inauguração do terceiro trecho do Canal do Sertão Alagoano, em Inhapi, é um marco histórico para o Nordeste. Pela primeira vez, destacou ela, o Brasil está enfrentando a seca não apenas com ações de redução do impacto da estiagem, mas com obras estruturantes, que garantem o fornecimento contínuo de água para a população. Com a inauguração do terceiro trecho, já são mais de 90 km de canais entregues.
O número de óbitos por dengue caiu 62,5% na Paraíba no período de 1º de janeiro a 23 de outubro de 2015, quando foram registradas três mortes, em comparação ao mesmo período em 2014, com oito. Os dados são do Boletim nº 10, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde.
O governo do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira (22) um pacto para tentar diminuir os riscos da falta d´água. O estado nunca teve uma crise tão grave no setor.
O reservatório do Paraibuna, no interior de São Paulo, tem hoje 1,09% do volume útil. A estrutura, de 19 metros de altura, ficava totalmente submersa. É o maior reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastece dez milhões de pessoas no estado do Rio de Janeiro. O nível dos quatro reservatórios desse sistema está em apenas 5,73%.
A crise hídrica está ganhando intensidade no Sul do Rio de Janeiro. Angra dos Reis, na Costa Verde, decretou estado de emergência por causa dos problemas de abastecimento. A prefeitura proibiu a lavagem de carros e calçadas e anunciou que vai multar quem desperdiçar água. A multa pode chegar a R$ 3 mil. A barragem que atende aproximadamente 30 comunidades está operando com menos de 20% da capacidade, segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Um rodízio do abastecimento está sendo feito. A água é liberada em dias diferentes para cada bairro. Tem região de Angra que já ficou até 10 dias sem fornecimento.
O médico patologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFB), Mitermayere Galvão dos Reis, afirmou, em entrevista ao Bom Dia MS de segunda-feira (26), que o mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças graves como a dengue, a febre chikungunya e a zika, poderia transmitir a virose nyong-nyong.
São Paulo - Depois de registrar recorde de mortes por dengue no ano, o País acaba de alcançar em 2015 também o maior número de casos notificados da doença desde 1990, quando as estatísticas começaram a ser monitoradas. Segundo o mais recente boletim epidemiológico de dengue do Ministério da Saúde, foram 1.463.776 casos prováveis da doença registrados de 4 de janeiro até 26 de setembro no Brasil. O recorde anterior, de 2013, era de 1.452.489 pessoas infectadas.
O governo de Santa Catarina confirmou na noite desta quarta-feira (26) a quarta morte em decorrência das chuvas que atingem o estado desde o início de outubro. Um jovem de 21 anos que estava em uma canoa com dois amigos em Rio do Sul, no Vale, foi arrastado pela correnteza depois que a embarcação virou. Não havia informações sobre a localização do corpo a até a publicação desta notícia.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em parceira com o Centro de Controle de Zoonoses “descobriu” mais um parceiro na luta contra o mosquito transmissor da dengue. O plati, que na fase adulta não chega a medir mais de 5 cm, consegue comer 50 larvas do Aedes aegypti em seis horas. Em comparação, o lebiste, espécie de peixe utilizada no combate aos focos do mosquito em todo País, leva um dia inteiro para eliminar a mesma quantidade de larvas.
O Aedes aegypti nunca fez tantas vítimas no Brasil quanto em 2015. Além de este ter sido o ano com recorde de mortes por dengue, o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostrou que o país também alcançou o maior número de casos notificados da doença desde 1990. Belo Horizonte é uma das cinco capitais com mais ocorrências.