Nesta sexta (20), a Agência Nacional de Águas (ANA) lançou o site Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil (conjuntura.ana.gov.br). Também apresentou o ‘Seminário Segurança Hídrica para o Desenvolvimento Sustentável’, evento em virtude do Dia Mundial da Água, celebrado neste domingo (22).
Na abertura do evento, o diretor de Planejamento da Bacia do Murray-Darling, Marlos de Souza, apresentou como é realizada a gestão de recursos hídricos na Austrália e como o país incentiva o uso racional da água.
A água pode afetar a saúde da população tanto devido a contaminação, quanto a doenças que podem ser transmitidas pela água. O médico infectologista, Jaime Rocha, lembra que durante as enchentes, as águas podem ficar contaminadas com fezes e degetos, e com isso, trazer doenças como lepitospirose, diarréia e hepatites.
Sujeira, entulho, lama, lixo, mau cheiro e dificuldade para caminhar por ruas que antes eram lugar das crianças brincarem. Com a vazante do Rio Acre, na capital acreana, o cenário encontrado nas ruas dos bairros atingidos pela enchente histórica é de total destruição, tristeza e sujeira. De acordo com a prefeitura, quase 10 mil toneladas de lixo, entulho e lama já foram retirados das ruas e avenidas do Centro da capital. Aos poucos, as famílias que saíram de casa devido à enchente retornam e se deparam com os entulhos dentro das residências.
Na semana em que foi comemorado o Dia Mundial da Água – em 22 de março – o Projeto Olho D Água, realizado em parceria entre Cocari e Nortox, recuperou a nascente de número 500. Lançado em novembro de 2009, o Projeto Olho D’Água nasceu da preocupação com a qualidade da água consumida pelas famílias dos produtores rurais na área de ação da cooperativa. A nascente de número 500 fica na propriedade de Sonia Regina Durão Gouveia e Valterlei Alves Gouveia, em Cruzmaltina, e a restauração ocorreu nesta quarta-feira (25/03). A iniciativa para a realização do projeto contribui para a preservação de rios e mananciais, garantindo água limpa para consumo e uso nas atividades agrícolas. Antes de restauradas, além da baixa vazão, as minas também não apresentam condições necessárias de higiene, podendo trazer até mesmo problemas de saúde pelo consumo de água de má qualidade.
Quase cinco anos após a implementação de unidade modelo de dessalinização da água, a comunidade rural de Minuim, no sertão baiano, venceu parte dos desafios. O acesso à água potável diminuiu a diarreia entre crianças e também permitiu que elas se dedicassem mais aos estudos. No entanto, de acordo com a própria comunidade, falta maior conscientização para que a população aproveite melhor os recursos disponíveis.
A subida natural das águas do Rio Negro este ano em Manaus deve atingir a máxima de 29,59 metros, sendo assim a quarta maior da história, conforme primeira previsão divulgada pelos órgãos de controle nesta terça (31). Atualmente, a o nível do rio em Manaus está em 26,77 m.
O nível do Rio Itapetininga, em Itapetininga (SP), passa dos 4,3 metros em alguns trechos com as últimas chuvas. A água chegou até a invadir alguns ranchos nas proximidades. Em dois meses, o nível do rio aumentou mais de 3 metros, quando em janeiro atingiu 60 centímetros no Bairro Porto Velho.
Enquanto o governo federal anuncia que 56 cidades do Nordeste estão em "colapso hídrico", poços jorram água que acaba desperdiçada no Piauí, estado com um terço do território no polígono da seca. Obras poderiam ser feitas para abastecer mais de 50 cidades, mas o projeto não saiu do papel.
O Rio Madeira subiu 2 centímetros e marcou 15,90 metros nesta quinta-feira (2), em Porto Velho, segundo dados da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM). Apesar da queda nos últimos dias, o nível ainda é um dos menores registrados desde o dia 20 de fevereiro, quando marcou 15,86 metros. A cota está 1,18 metros mais baixa que no dia 14 de março, quando o rio atingiu 17,04 metros, pico máximo neste ano. A média histórica para o dia é de 15,44 metros. Em 2014, quando aconteceu a cheia histórica, nesta mesma data, as águas atingiram 19,62 metros.
A chuva que caiu sobre as represas do Sistema Cantareira nas últimas horas fez o nível voltar a subir nesta segunda-feira (6) em 0,1 ponto percentual. O Cantareira agora opera com 19,4% da capacidade, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A segurança alimentar foi pauta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira (07/04), Dia Mundial da Saúde. O órgão estima que cerca de 2 milhões de pessoas morram a cada ano em consequência da ingestão de comida ou água contaminadas.
As portarias que reconhecem a escassez hídrica em Belo Horizonte e Região Metropolitana foram publicadas pelo Governo de Minas Gerais, na edição desta quinta-feira (9), no Diário Oficial do Estado. Os principais reservatórios que abastecem a região apresentam riscos acima de 70% de atendimento inadequado, até o final da estação seca, em setembro. O Instituto Mineiro de Gestão Águas (Igam) impõe que sejam aplicadas medidas imediatas na redução de captação de água, nos próximos 30 dias.
A escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050 devido ao uso excessivo de recursos hídricos para a produção de alimentos, alertou nesta terça-feira (14) a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Esta é uma das conclusões do relatório “Para um futuro com segurança hídrica e alimentícia”, elaborado pela FAO foi apresentado no segundo dia do VII Fórum Mundial da Água (FMA), realizado em Daegu, na Coreia do Sul.
O total de peixes mortos retirados da Lagoa Rodrigo de Freitas chegou a 53,1 toneladas na manhã desta segunda-feira (20), segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Os trabalhos começaram no último dia 8 e a previsão é que terminem nos próximos dias, caso não haja mais mortandade de peixes.
Localizada na zona sul do Rio, a lagoa será o principal palco das competições de remo e canoagem dos Jogos Olímpicos de 2016. A espécie que está morrendo na lagoa é a das savelhas e ainda não há uma explicação para o fato. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a causa da morte pode ter relação com variações ambientais, já que a espécie é extremamente sensível a essas mudanças.
Dos 28 milhões de litros captados por dia em São João del Rei, sete milhões são desperdiçados, segundo o Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto de São João del-Rei (Damae). É como se, a cada quatro litros de água, um litro fosse direto para o ralo.
Uma caminhada pelo Parque da Cidade, onde fica a represa que abastece Jundiaí, no interior paulista, faz parecer que a crise hídrica que castiga o Estado é uma realidade distante – e não um problema que há pelo menos um ano afeta a vida dos moradores da vizinha Campinas e da capital, distante apenas 57 quilômetros. Por lá, o nível do reservatório está repleto: 100% da capacidade. No entorno da represa, o cenário em nada lembra o chão rachado pela seca no Sistema Cantareira: a vegetação é abundante e pássaros e capivaras banham-se felizes. Nas rodas de conversa pelas ruas, a palavra racionamento não é tema. Tampouco a corrida por caixas d’água ou a inflação dos galões. O assunto que movimenta discussões é a programação da Festa da Uva, que se encerra neste final de semana. Embora a cidade seja hoje um oásis em São Paulo, o índice de chuvas também ficou menor por lá.
Você já parou para pensar que praticamente tudo precisa de água para ser produzido? Para fazer uma calça jeans, por exemplo, você sabe quantos litros de água são gastos? Onze mil litros. É muita água. Saiba o que alguns lugares do mundo que sofrem com a falta de água fizeram para evitar o desperdício desse bem, que é tão precioso.
E se a solução para a crise hídrica viesse do esgoto? Especialistas garantem ao Fantástico que a água de reúso pode ser a única alternativa para o problema do abastecimento.
O milagre dificilmente virá do céu. Só a chuva, como a que caiu nessa última semana na região Sudeste, não vai dar conta do colapso da água. A solução, dizem os especialistas, pode estar na água que a gente tenta a todo custo esconder e ignorar. Dentro dos tubos de esgoto corre a água que pode matar a nossa sede.
A Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que é possível levar água do Rio Amazonas - um dos maiores do mundo - para São Paulo e outros estados que sofrem com falta de água no Brasil. Especialista diz que 1% da vazão do rio daria para abastecer Nordeste e Sudeste do país. O órgão defende que os tipos de obra e intervenção merecem amplo debate. A proposta sugerida pelo governador do Amazonas, José Melo (PROS), nesta semana, gerou polêmica e também foi alvo de críticas em redes sociais.
A atual situação de grave escassez de água potável, afetando boa parte do Sudeste brasileiro onde se situam as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nos obriga, como nunca antes, a repensar a questão da água e a desenvolver uma cultura do cuidado,acolitado por seus famosos erres (r): reduzir, reusar, reciclar, respeitar e reflorestar.